Jesse


"Timor-Leste é uma nação que tem muitas saudades da família; você quando está perto da família fica sempre contente”. É assim que Jesse, de 23 anos, descreve a saudade que sente da família, que está no Timor-Leste, seu país de origem. Ele é de Baucau, distrito de seu pai; já a sua mãe era do distrito de Viqueque.

Diferente da maioria dos timorenses que vieram estudar no Brasil e escolheram cursar Engenharia Civil para ajudar a construir o país recém-independente, Jesse preferiu cursar Engenharia Mecânica, para desenvolver a sua capacidade com máquinas, mas também pretende retornar ao seu país no fim do curso para aplicar os conhecimentos que adquiriu e fazer uma coisa boa para a sua nação. Com a graduação, ele se tornará o primeiro engenheiro mecânico da família e desenvolverá seu interesse pelo funcionamento dos automotivos, que começou ainda quando ele trabalhava em uma oficina em sua cidade.

Antes de vir para o Brasil, Jesse conhecia o país pelo futebol, por seus jogadores e estádios. Aqui ele já visitou o Estádio Nacional de Brasília “Mané Guarrincha” e o Mineirão. Para ele, é muito importante vir para o Brasil, um país que considera tão rico e grande, e achou que seria mais fácil se adaptar aqui, já que a língua nacional é o português, que também é falado no Timor-Leste. Ao contrário do que pensava, Jesse se deparou com os diferentes sotaques do português brasileiro e teve muita dificuldade nos primeiros dias para entender algumas gírias que são faladas no país. Assim, o Google se tornou logo uma ótima ferramenta para ajudar na adaptação.

Além de ter que se acostumar com o sotaque, Jesse também notou a diferença entre o ambiente, a comunidade, as situações e principalmente o fuso horário entre Brasil e Timor-Leste, cuja diferença é de 12 horas. Em sua passagem por São Paulo e Uberlândia, ficou impressionado com a quantidade e o tamanho dos prédios, o tamanho da universidade e o tamanho da população, e percebeu a diferença do desenvolvimento e da qualidade da educação dos dois países. Para ele, o seu país devia ter tantos prédios, tão grande universidade e tão avançada educação quanto o Brasil.



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